EDUCAÇÃO PELO CAMINHO
Ensina durante o caminho para fazer valer a pena a viagem
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
quarta-feira, 7 de outubro de 2015
quarta-feira, 30 de setembro de 2015
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
terça-feira, 22 de setembro de 2015
EDUCAÇÃO X ESCOLARIZAÇÃO
Há muito discute-se qual o real papel da Escola e do Professor na sociedade. Alguns atribuem ao professor e à escola o papel de educar as crianças enquanto os pais trabalham. O filósofo e educador Mário Sérgio Cortela, propõe uma reflexão diferenciada sobre o tema.
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
INFORMÁTICA COMO ESCRAVA DA EDUCAÇÃO
Nossa era é chamada de digital, isto é, quase tudo o que fazemos
funciona de modo digital e informatizado. Em todo lugar tem um equipamento
digital com a proposta de facilitar a vida. Basta olhar ao arredor. São bancos,
catracas de ônibus, de metrô, os automóveis, celulares cada vez mais tecnológicos
e a sensação que temos, é de que estamos sendo engolidos por tanta tecnologia.
Já existem filmes futuristas que propõem uma reflexão no sentido de pensar em
uma era em que as máquinas tomaram o controle total de nossas vidas, e seremos
escravos das máquinas. Que Deus nos livre!
É fato que a tecnologia chegou mesmo para ficar, ninguém pode
negar e fugir dessa realidade. Antes o acesso à tecnologia era privilégio
apenas de quem estava nas grandes cidades, hoje não mais. O computador ficou
mais acessível, e a internet está rompendo limites geográficos e sociais que não
imaginamos. Outro dia, li uma reportagem que mostrava como algumas tribos indígenas
já estão conectadas com o mundo por meio da internet. Trata-se de uma realidade
que não dá para fugir, definitivamente.
Há muito tempo a demanda frente à tecnologia talvez fosse
aprender a FAZER, hoje, e cada vez mais é preciso aprender a SER. O desafio não
limita-se simplesmente aprender a usar e apropriar-se da técnica, é preciso
aprender a lidar socialmente com esses recursos. Em tempos antigos, e talvez
nem tão antigos assim, pois a tecnologia evolui a uma velocidade assustadora,
as crianças ganhavam e brincavam com brinquedos simples, manuais, brincavam na
rua e em grupo. Hoje as crianças ganham tablets, iphones, celulares e computadores
de presente, e desde cedo aprendem a dominar as máquinas, ou seja, a apropriação
da técnica parece ser algo nato. No entanto, é preciso considerar que estas
máquinas e recursos, são usados em um contexto social, o que exige uma postura
diferenciada. É preciso ter, e isto não é nato, consciência de que todos esses
recursos devem ser usados de forma responsável e consciente.
Talvez a
problematização mais pertinente para o momento seja exatamente como o processo
educativo que não é estático e meramente técnico pode servir-se da informática
no sentido de despertar e fomentar o desenvolvimento de cidadãos conscientes de
si e do outro. Os educadores precisam propor reflexões que façam com que os
alunos saibam estabelecer criticamente a diferença entre a máquina e as pessoas
com as quais convivem. A tolerância e a disposição para com o humano estão
minguando. As pessoas estão cada vez mais viciadas e dependentes das máquinas
que raramente as frustram, mas quando vão lidar com o ser humano (que não é
máquina) perdem a paciência, agem com intolerância e o resultado não podia ser
outro: Pessoas isoladas no seu mundo virtual sob argumentos de que o outro ser
humano não é tão interessante quanto seu equipamento. É preciso, de modo urgente apropriar-se das
tecnologias usando-as como escrava, sem permitir que o contrário se faça real!
Tchuko Pausado Filho
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